A Copa do Mundo já está mexendo com o comércio da Capital. Além de enfeitar as vitrines para o campeonato e oferecer promoções especiais, os lojistas também tem que administrar os torcedores internos: os funcionários. Com a tabela de jogos do Brasil da primeira fase da Copa em mãos, os empresários traçam estratégias para não perder clientes e não desmotivar sua equipe de trabalho. “É uma equação difícil – não comprometer as vendas do mês e ao mesmo tempo acompanhar uma das paixões nacionais”, analisa Vilson Noer, presidente da CDL Porto Alegre.
Integrante do grupo G na Copa, o Brasil estreia na terça-feira, dia 15 de junho, às 15h30, contra a Coreia do Norte. Para esse jogo, muitos lojistas planejam liberar os funcionários durante a partida e retomar os trabalhos depois. “Essa opção é válida para as lojas que ficam abertas até mais tarde ou para aquelas que os funcionários moram perto da loja”, diz Noer. Outra alternativa é aproveitar o momento e fazer uma confraternização com todos os funcionários e assistir a estreia do Brasil na própria loja. “Nesse caso depende do público da loja. Uma saída é fazer um esquema de plantão para atender algum cliente que procure a loja no horário do jogo”, explica o dirigente.
Um levantamento realizado pela Curriculum - especializada em armazenamento e administração de currículos na internet - com 574 empresas mostrou que 63,25% delas irão dispensar seus colaboradores para assistir às partidas do Brasil, enquanto que 36,75% planejam não liberar os funcionários. Entre as companhias que têm planos de dispensar os colaboradores, 55,2% irão proporcionar alguma espécie de confraternização.
“Independente do sistema adotado na loja, é importante que o empresário entenda a Copa do Mundo como um evento mundial e um momento oportuno para promover a integração da equipe, capitalizando positivamente em cima disso e melhorando o clima organizacional”, conclui Noer.