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Falta de informação pode refletir em diagnóstico tardio do câncer de boca
   
     
 


05/04/2024

Falta de informação pode refletir em diagnóstico tardio do câncer de boca
Neoplasia costuma ser confundida com problemas de saúde bucal e a demora na detecção é um dos fatores de mortalidade

O câncer de boca está entre as oito neoplasias mais incidentes no país, com uma estimativa de mais de 15 mil novos casos a cada ano, dos quais 10 mil são em homens, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Mas, por que um tumor em uma região tão sensível do corpo humano, responsável pela fonação e deglutição, possui esses números epidemiológicos?

O cirurgião de Cabeça e Pescoço, Dr. Claurio Roncuni, integrante da Oncoclínicas no RS, considera que um dos motivos é que a maioria dos diagnósticos ocorre nos estágios mais avançados – III e IV. "Os fatores que explicam o diagnóstico tardio começam pelo desconhecimento da população sobre a existência desse tipo de câncer, assim como a não realização de consultas periódicas com o dentista", afirma. "Os números mostram a importância de políticas públicas de saúde no combate ao câncer de boca, sendo a educação a melhor forma de prevenir e identificar", enfatiza.

Dr. Roncuni relata que o histórico habitual de um paciente portador do câncer de boca é de ter realizado de duas a três consultas diferentes, entre médicos e dentistas, até chegar ao diagnóstico. Nesse período, muitas vezes o indivíduo é tratado erroneamente como portador de afta, tardando ainda mais a detecção do tumor. "Quando o paciente chega ao cirurgião de Cabeça e Pescoço, médico habilitado para o tratamento do câncer de cavidade oral, a doença já está avançada na maioria dos casos", complementa. Nessas situações, ele pode apresentar metástases nos linfonodos do pescoço ou ser submetido a cirurgias mutilantes devido à extensão do câncer.

Dra. Bianca Abreu de Azevedo, dentista da Oncoclínicas no RS, explica que é fundamental reconhecer o papel da higiene bucal deficiente e da doença periodontal como fatores que contribuem para o aumento do risco de câncer bucal. A especialista cita ainda a importância de monitorar condições pré-existentes, como a leucoplasia e a eritroplasia, uma vez que a detecção precoce é primordialmente realizada pelo profissional de Odontologia. Com exames clínicos meticulosos é possível identificar lesões suspeitas e outras anormalidades orais em estágios iniciais, aumentando assim as chances de um prognóstico favorável.

Ela destaca a importância da comunicação eficiente entre o dentista e o cirurgião de Cabeça e Pescoço para o manejo efetivo do câncer de boca. "Esta sinergia profissional facilita o intercâmbio ágil e acurado de informações vitais relativas à condição do paciente, acelerando a elaboração de um plano de tratamento adequado", acrescenta. "Ao detectar indícios preocupantes de câncer em uma consulta de rotina, o dentista pode imediatamente referir o paciente ao cirurgião especializado", afirma a Dra. Bianca.

Sintomas

Os sintomas do câncer de boca frequentemente se manifestam através de feridas na cavidade oral que não cicatrizam por mais de 15 dias. À medida que a doença progride, essas lesões podem se tornar dolorosas e dar origem a ínguas endurecidas no pescoço, indicando a possibilidade de metástase. É importante acrescentar que outros sinais relevantes incluem mudanças na coloração da mucosa bucal, com o aparecimento de manchas brancas ou vermelhas, dificuldades para mastigar ou engolir, sensação de um corpo estranho na garganta, perda de peso inexplicada e alterações na voz.

Por isso, a colaboração interdisciplinar é essencial para otimizar as oportunidades de identificação precoce do câncer, atenuar a evolução da doença e elevar significativamente as perspectivas de recuperação do paciente.

O principal fator de risco para o câncer de boca é o tabagismo. O consumo excessivo de álcool, o consumo de bebidas em altas temperaturas durante longo prazo, o uso de próteses dentárias mal ajustadas que causam traumatismos crônicos, bem como o HPV e a falta de higiene oral, também estão entre as causas. A radiação solar é responsável pela neoplasia nos lábios, a obesidade e o baixo consumo de frutas e legumes, também estão associados ao risco aumentado de câncer de boca.

Tratamento

Dr. Roncuni explica que o tratamento é cirúrgico. Em casos mais avançados, pode haver indicação de radioterapia e quimioterapia como opções complementares terapêuticas. Ele relata que estudos a partir de diversos registros de atendimento indicam que em estágios iniciais do câncer de boca (I e II), entre 70% a 90% dos pacientes poderão ter uma sobrevida maior do que cinco anos.

Nas últimas décadas, houve uma evolução nas técnicas de reconstrução dos defeitos cirúrgicos da cavidade oral com emprego de retalhos locais e microcirúrgicos, assim como maior emprego de tecnologia nas máquinas de radioterapia atuais, diminuindo os efeitos colaterais desse tratamento. A imunoterapia vem sendo empregada como uma nova opção de tratamento complementar à doença avançada. 

Fonte: Assessoria de Imprensa
Autor: Tiago Ritter - Moglia Comunicação
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte
Autor da foto: Freepik


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