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A elevação dos níveis de empregabilidade, o aumento da renda e a ampliação do crédito justificam resultado

A elevação dos níveis de empregabilidade, o aumento da renda e a ampliação do crédito fizeram com que, em abril, o percentual de famílias brasileiras inadimplentes caísse para 24,4%, ante os 27,3% registrados em março último.

No mesmo sentido, o número de famílias endividadas também recuou entre os dois meses, passando de 63% para 58%. Os dados são da Pesquisa Nacional de Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e divulgada nesta terça-feira (20).

De acordo com o levantamento, no entanto, o número daqueles que não terão condições de pagar as dívidas apresentou um ligeiro aumento, passando de 8,7% para 9% entre março e abril.

Dívidas por renda
 

De acordo com a pesquisa, a parcela de famílias que afirmaram estar muito endividadas caiu de 14,5% para 13,8%, ao passo que aquelas que se dizem pouco endividadas passou de 27,3% para 24,3%.

Considerando as faixas de renda, as famílias com ganhos de até 10 salários mínimos estão mais endividadas em abril do que aquelas com renda superior a esse patamar. No primeiro caso, 59,8% das famílias têm dívidas, ao passo que, entre aquelas com ganhos acima de 10 mínimos, 47,4% estão na mesma situação.

Considerando os inadimplentes, as famílias de menor renda também estão em situação pior que as de renda maior, diz a pesquisa. Em abril, 11,9% das famílias que ganham mais de 10 salários mínimos estão com dívidas e contas em atraso. Entre aquelas que recebem abaixo desse patamar, 26,4% estão nessa situação.

O levantamento mostra também que 9,9% das famílias de menor renda acreditam que não terão condições de pagar suas dívidas. Entre as famílias com ganhos acima dos 10 mínimos, esse percentual alcança 2,8%.

Renda comprometida
 

De acordo com o levantamento, a parcela da renda comprometida com dívidas voltou a subir, após dois meses consecutivos de retração, passando de 28,7% para 29,6%. O tempo médio de comprometimento com as dívidas ficou praticamente estável, passando de 6,7 meses para 6,8 meses entre março e abril.

O tempo médio de atraso de quem possui contas ou dívidas pendentes é de 61,5 dias. Em março, esse período correspondia a 57,8 dias. O levantamento mostra que, para 45,2% das famílias, o tempo de atraso é superior a 90 dias.


Autor: Patricia Alves
Fonte: InfoMoney

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